quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Propostas de Manifesto da Assembleia Popular do Porto

“…..enveneno-vos com um texto, que é para ser aberto, completado, graffitado, ou mandado para os quintos!”

“Nem um gesto de paciência: o sonho ao nível de todos os perigos”, António José Forte

Trazemos connosco a vontade de construir outro mundo, onde a emancipação, a autonomia colectiva, a alegria de viver e o sentido crítico, se transformem numa aprendizagem feita a partir da participação livre, numa base horizontal de decisão que a todos pertence e que se nutre da solidariedade e da autonomia.
Se isto não bastar como princípio, temos ainda um rumo: queremos estar onde ainda se sonha. Sonhar é pensar além do capitalismo, é renunciar a pensar com ele, é não nos rendermos ao imaginário miserável que o capitalismo – e as suas lógicas de poder – vende, exporta, expande e coloniza, do Porto a Adis Abeba, do Cairo a Nova Iorque.
Não temos outro exemplo: transformar a nossa vida e fazer outro mundo depende das nossas mãos. Ninguém representa ninguém. Aqueles que abraçarem o mesmo caminho, não serão transformados em espectadores, da vida e do mundo. Ou, melhor, em espectadores da destruição da vida, da destruição do mundo, como se encarrega de fazer a política, a cultura e a media dominantes. De representatividade em representatividade, chegámos a esta fantasmagoria em que actores como o mercado, empresas de rating, especulação financeira, centros de decisão supra-estatais, submetem milhões e milhões de pessoas a uma vida pobre e degradante, no bolso, no corpo, no imaginário, na vida colectiva. A democracia que fazemos e queremos construir não está à venda.
Não se pode ser contra a precariedade, sem ser contra o capitalismo, enquanto perspectiva colectiva, social e política. Quando falamos hoje em capitalismo, não nos referimos apenas a um modelo económico, ele próprio assente em pressupostos precários – precário sob o ponto de vista humano, filosófico, político e económico.
O que é, então, de forma ampla o capitalismo no século XXI? E, para que serve?
Na sua essência, continua a sua senda inexorável: a lógica mais entranhada, culturalmente totalizante e implacável, de desviar a riqueza socialmente gerada por todos para o lucro de uma elite. Mas as estratégias camaleónicas do capitalismo e seus mecanismos romperam, no século que começou, com uma nova componente: além da extorsão de riqueza, por todos gerada para pagar e financiar o lucro privado, agora essa riqueza pública serve para pagar os prejuízos causados pela oligarquia financeira e especuladora, abrigada e protegida pela mole de interesses políticos reinantes, sempre pronta a vender a dignidade humana, a justiça social, a emancipação social, em troca da infâmia do poder que exercem.
Sem querermos tudo abarcar, desta forma de poder chamada capitalismo, resulta: crescente desigualdade social; perda de direitos sociais e laborais, conquistados no passado por processos de luta operária e social; neo-expansionismo à custa das sociedades mais pobres e/ou não-Ocidentais; novos conflitos bélicos, espoletados pela lógica fascizante do império económico-militar; caos ecológico e “escravização” dos recursos naturais; degradação e controlo do imaginário, através do embrutecimento e infantilização da indústria cultural, educativa e mediática; apologia acrítica da tecno-ciência, indispensável quer para o aprofundamento e expansão do mercantilismo, quer para a eficiência dos dispositivos de controlo dos poderes dominantes.
Por tudo isto, “só” somos contra a precariedade, na medida em que não queremos perspectivar a nossa vida e a vida de todos com base nas relações de poder estabelecidas pelo capitalismo: submissão ao poder hierárquico; competição e individualismo; império do patriarcado; domínio do poder autoritário nas organizações onde todos passam a maior parte da vida, da escola ao trabalho, como também nas formas político-oligárquicas que regulam a sociedade, e, cada vez mais, na própria rua e espaço público…
Não andará longe da verdade afirmar que, em nenhum momento histórico, a necessidade de uma transformação total das relações sociais foi tão evidente.
Há quem proteste contra a precariedade do emprego, nós protestamos contra a submissão do trabalho assalariado. Há quem proteste contra os falsos recibos verdes, nós protestamos contra qualquer base de relação exploratória. Resumindo, há quem proteste contra as condições em que se estabelece a submissão, há quem proteste contra a submissão.
A “geração à rasca” perderá o seu tempo e energia se andar a pisar ovos. É que o poder político dominante e a lógica cadavérica do capitalismo sabem fazer gemadas como ninguém.
A vida que desejamos, o pensamento livre e a acção autónoma a que nos propomos, estão bem acima da mínima submissão precária.
Não queremos falar para o ar: propusemos e organizamos esta assembleia popular no Porto (2011), porque estamos aqui e contamos convosco.

Abril 2011                                                                                                        Júlio Vadio


   
   MANIFESTO da/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO

1 – A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO declara/m–se contra todas as formas de TIRANIA,DOMINAÇÃO e EXPLORAÇÃO, sejam do Estado, do Capital Financeiro e do Patronato, seja nacional, regional ou global;
2- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO afirma/m-se como uma forma possível de CONTRA-PODER popular que possa constituir um entrave à continuação por mais tempo da MENTIRA ORGANIZADA em “Razão de Estado”, às falsas promessas dos políticos profissionais, à CORRUPÇÃO, organizadas pelas “máfias” dos “poderosos” dos poderes políticos e do dinheiro;
3- NÃO são objectivos da/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO , nem a TOMADA DO PODER POLÍTICO DO ESTADO , nem a ESTATIZAÇÃO DA ECONOMIA – estatizando mas não socializando o Capital privado e transformando-o em CAPITALISMO DE ESTADO, monopolista ou não  - mas SIM : 1º- o ESVAZIAMENTO do poder do Estado através da acção dos CONTRA-PODERES POPULARES  , 2º- A SOCIALIZAÇÃO e AUTO-GESTÃO DIRECTA das empresas e de todos os meios de produção (fábricas, serviços públicos e a terra das grandes propriedades fundiárias ) pelxs próprixs trabalhadoras/es que nelas trabalham;
4- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO contrapõe/m-se à REPRESENTOCRACIA do Estado e dos APARELHOS POLÍTICOS PARTIDÁRIOS que constituem autênticas FARSAS de “DEMOCRACIA” , que colocam nas mãos de uns/umas quantxs privilegiadxs o poder de decidir em nome da população em geral aquilo em que cabe a todo o povo participar e decidir : a definição dos nossos direitos e deveres uns para com os outros, , a melhoria ou limitação da nossa qualidade de vida, quem deve e quem não deve fazer “sacrifícios” em tempos de “crise”e  a limitação ou alargamento dos nossos “direitos, liberdades e garantias” conquistadas por gerações de trabalhadores e pelo povo com as suas lutas e com o 25 de Abril de 1974;
5- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO, em consequência, opõe/m ao representativismo dos profissionais da política , a autêntica democracia e contra-poder popular, a DEMOCRACIA DIRECTA ASSEMBLEÁRIA, respeitando o direito à diferença das minorias populares discordantes;
6- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO não rejeita/m a necessidade de eleger para tarefas especiais, tanto delegadxs como grupos de trabalho especiais, em actividades, problemas e áreas específicas onde  as necessidades das populações, e sobretudo  dos  seus grupos mais fragilizados, estão postos em causa. Mas tais “delegados” e/ou elementos dos  “grupos de trabalho”deverão aceitar ser revogáveis a todo o momento pela Assembleia Popular, serão voluntárixs e não gozarão de quaisquer privilégios e/ou compensações materiais por isso;
7- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO defende/m  a necessidade de a população trabalhadora, empregada e desempregada (mais necessitada e alvo PRINCIPAL das medidas antisociais dos governos a pretexto de “combater a crise”) se ORGANIZAR  de forma AUTÓNOMA relativamente a quaisquer partidos políticos e órgãos de poder político estatal ou do poder económico (capitalista), coordenando-se com outras assembleias populares que surjam, aos níveis REGIONAL, NACIONAL e INTERNACIONAL, a fim de tornar a sua acção mais justa e eficaz ;
8-A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO, criará/criarão os órgãos organizativos e grupos especiais de voluntárixs que ela/s próprias deliberarem por maioria absoluta, no sentido de estender/em aos vários campos da luta social (lutas de trabalhadoras/es, de moradores, de utentes dos serviços públicos, de imigrantes e minorias étnicas alvos de descriminação, de utilização e ocupação de espaços urbanos e terrenos desocupados, etc.) e às várias localidades, o sistema geral autogestionário das ASSEMBLEIAS POPULARES SOBERANAS;
9- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO rejeita/m a colaboração com quaisquer organismos e pessoas individuais que teórica ou praticamente defendam a exploração capitalista, a dominação do Estado sobre a sociedade, a destruição da Natureza e do ambiente, as discriminações étnicas, o racismo, o sexismo, o nacionalismo, a violência do Estado na protecção dos privilegiados de uma minoria da sociedade contra a maioria da população;


10- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO defende/m , encoraja/m e aplica/m  no seu seio os princípios de APOIO MÚTUO, AUTOGESTÃO, COOPERAÇÃO POPULAR, DESCENTRALIZAÇÃO DA ACÇÃO, IGUALDADE E COMPLEMENTARIEDADE DAS DIFERENÇAS NO MEIO POPULAR, ANTI-CAPITALISMO, ANTI-ELITISMO, ANTIAUTORITARISMO,FEDERALISMO POPULAR;
11- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO declara/m-se portanto contrária/s a quaisquer tentativas de manipulação e corrupção dos seus princípios, objectivos e programas de acção por quaisquer grupos ou partidos políticos , religiões ou grupos económicos capitalistas, opondo-lhes o seu próprio funcionamento como exemplo e alternativa possível  para a construção de uma sociedade humana verdadeiramente LIVRE, SOLIDÁRIA e ECOLÓGICA;
12- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO solidariza/m-se no terreno prático (e não apenas no das meras intenções) com todas as justas lutas populares contra a exploração do Capital e a opressão do Estado,  pela Terra, pela Liberdade, pela Igualdade e pela Dignidade, promovendo e apoiando a RESISTÊNCIA SOCIAL ORGANIZADA e a ACÇÃO DIRECTA POPULAR contra todos os usos e abusos dos “poderes” contra o povo;
13-A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO conta/m com a participação activa e solidária de todos os indivíduos, grupos e colectivos que se identifiquem com os princípios e objectivos deste manifesto;
14- A/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es do PORTO só reconhecem um limite aos desejos e sonhos de LIBERDADE, IGUALDADE e DIGNIDADE dos povos: o Céu! …E mesmo ele, se foi transformado em quinta privada dxs “Poderosos” e privilegiadxs da banca, do Capital em geral e do Estado…TEREMOS DE IR AO ASSALTO DELE! TEREMOS DE IR AO ASSALTO DO CÉU se é cada vez mais o INFERNO da carência, da miséria e da sub-vida o que nos vais cabendo na actual dita “civilização”!
VIVAM AS ASSEMBLEIAS POPULARES!      VIVA A AUTOGESTÃO GENERALIZADA!     VIVA A DIGNIDADE!           

Porto, 7 de Agosto de 2011-08-08

Bandeira Negra 
                (IN)SEGURANÇA SOCIAL…
SEM DIREITOS, NÃO HÁ DEVERES!
ESTAMOS FART@S DO VOSSO TEATRO DE FANTOCHES!
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA  DIZ:
Artigo 67.º
2. Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família:…f) Regular os impostos e os benefícios sociais, de harmonia com os encargos  familiares;   
MAS NA REALIDADE:  há cada vez há mais desempregad@s ( mais de 700.000 em todo o país!) e os mais ricos que tudo gerem e mandam “comem tudo e não deixam nada”! Trabalhadores/as que pagam impostos superiores aos rendimentos que conseguem ter e famílias de desempregad@s que têm ENCARGOS que não podem suportar: VÊEM A LUZ E A ÁGUA CORTADAS, VÊEM-SE DESPEJADAS DAS HABITAÇÕES QUE JÁ NÃO PODEM PAGAR, VÊEM OS FILHOS PERDEREM APOIOS ESCOLARES – como em 2010 - E VÊEM UMA “SEGURANÇA SOCIAL”(?) CADA VEZ “MAIS FALIDA”(?), PORQUE NÃO VAI BUSCAR ÀS GRANDES FORTUNAS DE CAPITALISTAS, GESTORES E POLÍTICOS PROFISSIONAIS O QUE POSSA GARANTIR DE FACTO UMA VERDADEIRA SEGURANÇA SOCIAL PARA O POVO!
O QUE É QUE HÁ EM COMUM ENTRE AS FAMÍLIAS DA MAIORIA DO POVO E AS DE Belmiros de Azevedo (SONAE), Mexias (EDP), Vitor Constâncio (ex Banco de Portugal), Granadeiro (PT), Faria de Oliveira (CGD), Fernando Pinto (TAP), Oliveira Fonseca (Metro do Porto) ou Fernanda Meneses (STCP) e tantos outros? NADA! Umas COMEM E GOZAM o que falta às outras: À MAIORIA!

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA  DIZ:
Artigo 63.º
3. O sistema de segurança social protege os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
...MAS NA REALIDADE, há mais de 2000 pessoas sem-abrigo só no Porto, há cada vez mais gente a ir comer aos refeitórios e carrinhas de socorro, há cada vez mais gente para quem a SEGURANÇA SOCIAL  NÃO ESTÁ A RESPONDER ÀS SUAS NECESSIDADES BÁSICAS!...

 A CONSTITUIÇÃO DIZ  que  “todos têm direito à segurança social”…
…MAS NA REALIDADE o “direito” é o “direito” de quem tem mais dinheiro para iludir as leis que defendem os mais pobres…E a CONSTITUIÇÃO não se pode comer!  Não paga a casa, a luz, a água, os medicamentos, os transportes, a educação dos filhos! E os cortes nos apoios sociais que aí vêm com AS NOVAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE impostas pelo FMI e Banco Europeu, IRÃO AGRAVAR AINDA MAIS ESTA SITUAÇÃO…!
A CONSTITUIÇÃO É LETRA MORTA ENQUANTO O POVO  NÃO SE ORGANIZAR PARA PROTESTAR, RESISTIR E OBRIGAR OS PODEROSOS DO ESTADO E DO DINHEIRO A NÃO TEREM PRIVILÉGIOS!                
NÓS, O POVO, SÓ SOMOS CADA VEZ MAIS POBRES PORQUE HÁ ALGUNS,  PROTEGIDOS PELO ESTADO, CADA VEZ MAIS RICOS!! IGUALDADE! JUSTIÇA! RESISTÊNCIA E LUTA SOCIAL!

INSEGURANÇA SOCIAL NÃO!

Organizemos ASSEMBLEIAS DE UTENTES DA (IN)SEGURANÇA SOCIAL!    ABAIXO A MISÉRIA E A BUROCRACIA!   ABAIXO O ROUBO DOS NOSSOS DIREITOS!   ABAIXO O CAPITALISMO QUE NOS SUGA!
Grupo de Trabalho “INTERVENÇÃO LABORAL”  da ASSEMBLEIA POPULAR (Porto-centro). Contacto: intervencaolaboral@gmail.com

Iniciativa do Grupo Habitação e Solidariedade Social da APP





PELA DIGNIDADE!  PELO DIREITO À HABITAÇÂO!
 POR UMA HABITAÇÃO CONDIGNA!   

Por esse país fora  e também pelo Porto, milhares de famílias vêm sendo ameaçadas de despejo por não poderem já pagar a sua renda de casa, milhares de pessoas dormem já na rua –só no Porto são mais de 2000!- e muitas já tiveram a luz e a água cortadas – nomeadamente na Zona Histórica …

Esta situação agravou-se mais a partir dos últimos cortes do governo nos apoios sociais aos mais necessitados, desde Julho do ano passado e também porque o desemprego e o emprego precário, mal pago e sem condições, continuam também a aumentar.

Agora, com as “medidas de austeridade”com que governantes e grandes empresários e financeiros pretendem que paguemos ainda os juros do FMI e Fundo Europeu, a situação dentro em breve será insuportável para a maioria da população!
E novamente aí estão os políticos armados em salvadores supremos prometendo-nos tudo aquilo que já nos prometeram   antes e nunca  cumprem , pedindo-nos o nosso voto à custa do qual vivem à grande sem nada se importarem com a miséria das nossas vidas!...

É CHEGADA A HORA DE DECIDIRMOS NÓS O NOSSO DESTINO E NÃO O DEIXARMOS NAS MÃOS DAQUELES QUE DO ALTO DO PODER DO DINHEIRO E DO ESTADO NOS EXPLORAM E DOMINAM!

Os que vivem à nossa custa na política e na gestão das grandes empresas não nos trarão nunca nada numa bandeja! Todos os direitos que ainda temos, com as lutas desenvolvidas depois -e antes mesmo- do 25 de Abril, são resultado da ORGANIZAÇÃO POPULAR, dos MORADORES e dos TRABALHADORES …e nem sequer dos partidos que muitas vezes só nos apoiaram para nos caçar o voto e se apanharem nos tachos do poder

Daí  que, se não quisermos ainda ter de ver os nossos filhos e netos a esgravatar nos contentores do lixo dos banquetes da burguesia e termos de ir dormir para debaixo de qualquer ponte, que seja URGENTE irmos de novo “para a frente com a organização popular”, como cantava o Sérgio Godinho e organizarmos de novo ASSEMBLEIAS e COMISSÕES DE MORADORES, elegíveis em assembleias,  revogáveis a todo o tempo por elas, nos bairros e zonas onde as condições de vida estão a piorar, autonomamente a qualquer partido ou grupos de poder.

É essa a PROPOSTA e o DESAFIO que o Grupo de Trabalho Habitação e Solidariedade Popular da ASSEMBLEIA POPULAR DO PORTO vos deixa – bem como a ideia de criarmos em conjunto com os moradores da Zona Histórica do Porto, num dos muitos espaços vazios e deixados à gula dos especuladores imobiliários, um CENTRO DINAMIZADOR COMUNITÁRIO, que deverá servir de sede à futura ou futuras ASSEMBLEIA/S DE MORADORE/S e COMISSÃO DE MORADORES e outras actividades úteis de apoio à população local INDEPENDENTE DE QUAISQUER PARTIDOS, IGREJAS  e ÓRGÃOS DOS PODERES POLITICOS OU ECONÓMICOS.

VIVA A ORGANIZAÇÃO  POPULAR!                  
 CRIEMOS ASSEMBLEIAS E COMISSÕES DE MORADORES!
ABAIXO OS SENHORIOS SANGUESSUGAS!                       
 ABAIXO OS  ESPECULADORES IMOBILIÁRIOS!
 CONTRA DESPEJOS E CORTES DE ELECTRICIDADE - SOLIDARIEDADE POPULAR ACTIVA!

                    VIVAM AS ASSEMBLEIAS POPULARES E A DEMOCRACIA DIRECTA!

   Grupo de Trabalho Habitação e Solidariedade Popular da ASSEMBLEIA POPULAR do Porto(Centro)

PORTO, 21 DE MAIO DE 2011


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Participação da Assembleia Popular do Porto na Manifestação do 1º de Maio

1º de MAIO de 2011         
                                        APELO ÀS/AOS TRABALHADORAS/ES COM E SEM TRABALHO

Frente às actuais ameaças de perda de “direitos adquiridos” e outras “medidas de austeridade” do Estado e do patronato (via FMI ou outras) sobre a população trabalhadora, empregada ou não, e sobre os mais pobres entre nós,
ORGANIZEMO-NOS  de forma ASSEMBLEÁRIA e em DEMOCRACIA DIRECTA (como nas assembleias populares): NOS LOCAIS DE TRABALHO, NOS SINDICATOS, NAS ASSOCIAÇÕES, etc. de forma a que:

a) AS ASSEMBLEIAS de TRABALHADORAS/ES SEJAM DE FACTO SOBERANAS (e não apenas sejam os “soberanos” os dirigentes formais)!

b)QUAISQUER CARGOS DIRECTIVOS NAS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS SEJAM DECLARADOS REVOGÁVEIS A TODO O MOMENTO PELAS ASSEMBLEIAS DE TRABALHADORES INSCRITOS/ASSOCIADOS;

c)NÃO HAJAM QUAISQUER CARGOS DIRECTIVOS OU DE GESTÃO REMUNERADOS NEM NAS ASSOCIAÇÕES NEM NOS SINDICATOS, MAS APENAS VOLUNTÁRI@S ;

d)NÃO HAJAM LIGAÇÕES ORGÂNICAS A QUAISQUER PARTIDOS OU ÓRGÃOS DO PODER POLÍTICO OU ECONÓMICO (embora todas as opiniões ideológicas NÃO RACISTAS, NÃO XENÓFOBAS, NÃO NACIONALISTAS, NÃO DISCRIMINATÓRIAS de minorias, género ou de outras opiniões político-ideológicas possam e devam ser expressas ) ;

e)AS ASSOCIAÇÕES E/OU SINDICATOS D@S TRABALHADORAS/ES REUNIDOS EM ASSEMBLEIAS SOBERANAS (ou PLENÁRIAS) DECLAREM A SUA OPOSIÇÃO AO PAPEL DE "PARCEIROS SOCIAIS" DE PATRÕES, GESTORES, GOVERNANTES - DECLARANDO NÃO ACEITAR QUALQUER PACTO COM ELES E DECLARANDO-OS COMO AQUILO QUE ELES REALMENTE SÃO: INIMIGOS DE CLASSE D@S TRABALHADORAS/RES -precários ou não.

f)  NO CASO DE PROPOSTAS INDIGNAS E VEXATÓRIAS DE CONTRATAÇÃO LABORAL POR PARTE DO PATRONATO E DO GOVERNO, não apenas ABANDONAR AS MESAS DE NEGOCIAÇÃO - como o fez recentemente a CGTP - mas proceder ao alargamento e difusão entre os trabalhadores de  ACÇÕES DE BOICOTE ÀS INSTITUIÇÕES PATRONAIS E GOVERNAMENTAIS, difundindo entre @s trabalhadoras/es, todas as possíveis formas de luta colectiva e de pressão laboral, além dos vários tipos de greve, para obrigar o patronato e o/s governo/s a recuarem nas suas medidas de "austeridade" sobre o povo trabalhador (boicote, greves-trombose, greves de zelo, sabotagem sobre a produção, manifestações-relâmpago, ocupação e tomada das empresas pelos trabalhadores - declarando-se em autogestão, tomada das ruas e locais públicos, acções de desobediência civil, paralização indefinida, etc.,etc.).

g) As ASSEMBLEIAS de TRABALHADORAS/ES , comissões delas saídas,  associações profissionais, sindicatos e grupos de trabalhadoras/ que se organizem nas empresas, delegados e membros de direcções sindicais que têm a confiança dos trabalhadores e que de facto se identificam com os seus problemas FAÇAM SUAS AS REIVINDICAÇÕES DE:

g.1 -"SEMANA DE TRABALHO DE 30 HORAS SEM REDUÇÃO SALARIAL!"
g.2- "NÃO ÁS HORAS EXTRAS !"  -como forma de manter e aumentar os postos de trabalho
g.3-"A TRABALHO IGUAL- SALÁRIO IGUAL -MULHER OU HOMEM, IMIGRANTE OU NACIONAL"
g.4- “A MÁS CONDIÇÕES – MAU TRABALHO !” (mas pelo seleno…pelo seleno…)

                                                     CONTRA AMEAÇAS DE DESPEDIMENTO:
                                  INFORMAÇÃO!-SOLIDARIEDADE!–OCUPAÇÃO! AUTOGESTÃO!

Não só quem está associado nos SINDICATOS e ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS EXISTENTES mas também grupos informais de trabalhadores ( empregados ou não ) da mesma área ou bairro podem juntar-se e organizar-se para RESISTIR à miséria, à exploração, ao desemprego… a questão é NÃO SE ISOLAREM e OUSAREM LUTAR!.

             Grupo de Trabalho “Intervenção Laboral” da ASSEMBLEIA POPULAR DO PORTO 








segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Iniciativa da APP no dia 25 de Abril , na Av. dos Aliados

                 
           TESTAMENTO DO PIDE (Partido Independente de Defesa do Empresariado?...)

1-INTRÓITO

Nesta hora grave em que a maioria do nosso povo se vê a braços com a factura de uma “crise” que os poderes políticos e económicos nacionais e internacionais, com a sua sede de sempre mais poder e mais dinheiro, criaram e nos querem fazer pagar…

Nesta hora grave em que tão distantes estamos dos ideais de Abril de 74 –a Paz ,o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação -e da tal LIBERDADE A SÈRIO que se dizia só existir quando houvesse “liberdade de fazer e decidir e quando pertencer ao povo o que o povo produzir”…

Nesta hora em que nos vamos apercebendo que ajudámos a engordar um monstro – O CAPITALISMO – que acabou por se adaptar, aclimatizar e desenvolver “democraticamente” à custa do REPRESENTATIVISMO, aumentando OS SEUS LUCROS E PRIVILÉGIOS à custa dos baixos salários, à custa dos cortes em direitos sociais, do desemprego e do sub-emprego massivos, à custa da corrupção e aldrabice generalizadas e dos compadrios políticos e económicos…

Nesta hora em que nos vamos cada vez mais apercebendo que de facto LIBERDADE NÃO É PODER ESCOLHER OS TIRANOS E OS EXPLORADORES MAS SIM NÃO QUERER NENHUM      e que os partidos “modernos” ou “tradicionais” e os movimentos a eles atrelados É A ESSE SISTEMA DE PODER ESCOLHER OS TIRANOS E 
OS EXPLORADORES e não ao que ACABE COM A EXPLORAÇÃO E AS DOMINAÇÕES , que nos quer manter ATRELADOS…

NÓS DIZEMOS:
NÃO ESTAMOS MAIS DISPOSTOS A CONTINUAR A ENCHER A PANÇA A PRIVILEGIADOS, SEJAM ELES OS EMPRESÁRIOS E FINANCEIROS OU OS POLÍTICOS PROFISSIONAIS, SEJAM ELES OS RICOS GESTORES DAS EMPRESAS ESTATAIS OU PRIVADAS OU OS PROFISSIONAIS DOS APARELHOS DOS PARTIDOS E GESTORES DO ESTADO …e sobretudo ESTAMOS CADA VEZ MENOS DISPOSTOS A DEIXAR NAS MÃOS DOS DITOS REPRESENTANTES PROFISSIONAIS as decisões que afectam as nossas vidas.

Por isso alguns de nós – e esperamos , em breve todo o povo “à rasca” – decidimos não tolerar mais nem nenhuma PIDE , mesmo “democrática” nem a liderança de quaisquer novos ou velhos partidos… Quanto a um novo possível P.I.D.E.- “Partido Independente da Defesa do Empresariado” TODAS as organizações patronais já cumprem bem esse papel – tal como os governos que os defendem, governando-se assim muito bem – E É COM ELES QUE NOS TEMOS AGORA QUE HAVER CRIANDO CONTRA-PODERES POPULARES QUE IMPEÇAM A SUA ACÇÃO NEFASTA PARA O POVO!.
Acreditando nós nas virtudes da AUTO-ORGANIZAÇÃO POPULAR, da AUTOGESTÃO GENERALIZADA, da DEMOCRACIA DIRECTA e da ACÇÃO DIRECTA POPULAR , resolvemos organizarmo-nos, apesar de- e com- todas as diferenças de visões do mundo existentes entre nós, em ASSEMBLEIAS POPULARES, sem líderes, sem representantes, sem chefes políticos e sem dependências de poderes políticos ou económicos.

Quanto a quaisquer PIDES e filhos da P…IDE,  aos quais queremos que a terra lhes seja pesada –mesmo que fiquem em cinzas -lavramos aqui o seu testamento histórico:

II-TESTAMENTO (do PIDE queimado)



“Nós PIDES de várias espécies e origens, simbolicamente justiçados na praça pública neste 25 de Abril de 2011, legamos, do nosso património genético, político, (i)moral, e in-social , aos seguintes destinatários, o seguinte:

1 ) O edifício da antiga PIDE do PORTO, na Rua do Heroísmo  - às várias “secretas” do Estado (SIS ,etc.,) para que em vez de qualquer museu – e muito menos um  da Resistência ao fascismo ! – nele se instale um “Centro de Pesquisa de Tortura Científica”democrática e ao mesmo tempo uma pousada de luxo para os colegas de instituições internacionais congéneres ( CIA, etc…)

2) Ao “honrado” PATRONATO e EFICIENTES GESTORES EMPRESARIAIS – deixamos o reconhecimento e a certeza de que em matéria de VIGILÂNCIA,  REPRESSÃO SELECTIVA DENTRO DAS EMPRESAS ,CHANTAGEM ECONÓMICA, CRIAÇÃO DE MISÉRIA –talvez propícia a baixar ainda mais os salários e prolongar a jornada diária de trabalho – VOCÊS BATEM TUDO! Parabéns QUERIDOS FILHOS  (da P…IDE)

3) À  ( in)SEGURANÇA SOCIAL, ao INSTITUTO DE EMPREGO e aos respectivos MINISTÉRIOS e SECRETARIAS DE ESTADO deixamos o espírito da burocracia salazarista para que  continuem a tratar nos vossos serviços as pessoas mais necessitadas como “coisas” e não como pessoas , para que com os recentes cortes nos apoios sociais ( e nos que se aproximam via FMI e Fundo Europeu) a população mais necessitada se possa revoltar nas filas de espera e possa assim justificar a criação de mais” postos de trabalho” nas várias polícias e forças repressivas ( e que acção destas sobre o povo possa enfim provocar a acesa consciência popular de que nada tenha de facto a esperar “do alto”, se auto-organize em Assembleias Populares e contra-poderes e , quem sabe, se decida a fazer a necessária REVOLUÇÃO SOCIAL, anti-capitalista e anti-poderes , desta vez sem cravos que entupam os canos das espingardas…

4) O papel de “Polícia Internacional (e Defesa do Estado”) –deixamos ao SEF , para que possa continuar a detectar “perigosos focos de infecção e contágio da nossa cultura” por outras culturas “estranhas” – e deixamos também um velho cancioneiro da “Mocidade Portuguesa” para que possa ensinar aos infiéis e hereges as melodias da pátria lusa…

5) ao Governo da Nação no seu todo (qualquer que ele seja) deixamos uma recomendação:  continuem , filhos continuem…É como o outro ,“A EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE”…Mas não vão demasiado depressa porque a conjuntura internacional não está para graças… Olhem a Grécia e todos os países do Norte de África e do Médio Oriente em revolta contra os governantes…

6) À Camara Municipal do Porto, deixamos uns caixotes de cartão,  para que de forma apropriada à sua lógica, resolvam os problemas da habitação na cidade…Conjuntamente com algumas bem conhecidas, venerandas e santas instituições de caridade que são conhecidas como os maiores especuladores imobiliários da cidade…

7) À EDP e aos seus ricos gestores, deixamos uma máquina de calcular para que não nos massacrem com as contas das suas facturas obrigando-nos a pagar os seus investimentos em novas energias e em barragens,  e  deixamos também umas lanternas a pilhas que possam distribuir pelas pessoas a quem cortam a luz evitando que estas incendeiem as casas com o uso de velas e candeeiros a petróleo…

8) Finalmente, a algumas grandes IPSS e grandes organizações, religiosas e não religiosas, que se dizem “contra a pobreza” e contra “as exclusões sociais” dizemos: BOA FILHOS! É um bom investimento! Mas não acabem com a pobreza senão ficam desempregados! Como é que os vossos altos gestores poderão ganhar os balúrdios que ganham se a pobreza e as chamadas exclusões sociais acabarem?...Deixamos-vos pois as relíquias dos nossos benfeitores São Rosa Casaco, São Saquetti  e outros santos PIDES famosos, para que lhes rezem para que nunca os pobres se lembrem de saltar ao pescoço dos tais seus ladrões que nunca tiveram fome…

A BEM da NAÇÃO …            Os PIDES e filhos da P…IDE defuntos (ou a defuntar…).  “


NOTA FINAL

Cientes do já longo documento que este testamento constitui e cientes também de que a lista dos possíveis seus beneficiários seria ainda muito mais longa, QUEIMAMOS ESTE SÍMBOLODA/S PIDE/S”, NÃO COMO QUALQUER ESPÉCIE DE EXORCISMO OU RITUAL  RELIGIOSO MAS SIM COMO SÍMBOLO DA NOSSA INDIGNAÇÃO E REVOLTA CONTRA TUDO O QUE NO MUNDO ACTUAL É DOMINAÇÃO, OPRESSÃO, EXPLORAÇÃO, MANIPULAÇÃO E EXORTAMOS O RESTO DO POVO – AO QUAL TAMBÉM PERTENCEMOS – A CRIAR E A ALARGAR A ORGANIZAÇÃO POPULAR ONDE ESTAREMOS OMBRO A OMBRO (NEM UNS À FRENTE NEM OUTROS ATRÁS!) PARA RESISTIR À EXPLORAÇÃO CAPITALISTA, À MISÉRIA, AO DESEMPREGO, À DOMINAÇÃO, À DESTRUIÇÃO DA TERRA!







VIVAM AS ASSEMBLEIAS POPULARES!       VIVA A DEMOCRACIA DIRECTA !
VIVA O 25 DE ABRIL POPULAR!
VIVA A LIBERDADE! ABAIXO O CAPITALISMO , a REPRESENTOCRACIA e a LADROAGEM!   !                                                   


Porto, 25 de Abril de 2011







quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ASSEMBLEIA POPULAR

Sábado, 19 de Março, 15 horas

Pr. D.João I -  Porto

-Porque a AUSTERIDADE é SEMPRE para o POVO e CLASSES TRABALHADORAS  e nunca para os nababos dos GOVERNANTES,CAPITALISTAS,GESTORES e POLÍTICOS PROFISSIONAIS (incluindo deputados!...)


-Porque contra isto JÁ NÃO BASTA UMA MANIFESTAÇÃO (por grande que seja!...):ela é UM DIA e a chulisse e opressão é TODOS OS DIAS!  

 -Porque é de novo urgente que “VAMOS P´RÁ FRENTE CO’A ORGANIZAÇÃO POPULAR”!

-Porque precisamos e podemos criar INICIATIVAS POPULARES E LABORAIS de base, de SOLIDARIEDADE POPULAR E APOIO MÚTUO, de BAIRRO E ZONA, de UTENTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS, de CONTRA-INFORMAÇÃO e CULTURA SOCIAL, etc. , AUTÓNOMAS AOS PODERES POLÍTICOS E ECONÓMICOS e a PARTIDOS E SEITAS e de COMBATE POPULAR AOS PODERES POLÍTICOS E ECONÓMICOS…

Ordem de Trabalhos desta Assembleia Popular:
1-Breve APRESENTAÇÃO dos COLECTIVOS promotores desta iniciativa;
2-Papel da MESA e sua formação –com as pessoas presentes -esclarecimentos sobre FUNCIONAMENTO e OBJECTIVOS da/s ASSEMBLEIA/s POPULAR/es;
3-Situação social e política actual (debate aberto);
4-Possíveis medidas a tomar/resoluções (Gr.s de trabalho/iniciativa, acções gerais a propor, etc.)

Iniciativa:

           Gato Vadio – Casa Viva – Casa da Horta – Colectivo Hipátia – SOV Porto/AIT-SP – Terra Viva!AES



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

12 de Março de 2011

A iniciativa de formação de Assembleias Populares no Porto , levada a cabo por colectivos libertários , foi concretizada pela primeira vez em 12 de Março de 2011.

ASSEMBLEIA POPULAR 
dia 12 de Março Pr.D.João I, Porto – depois da manif d@s “à rasca”…

O que é e para que serve?
É uma reunião pública e popular, geralmente num local aberto, onde as pessoas que o desejarem são convidadas a exprimir livremente e de forma organizada, as suas opiniões e ideias sobre uma situação ou questão de interesse geral ou a tomarem resoluções em comum, votando por maioria. Ao contrário de um parlamento ou assembleia estatal, aqui as pessoas participam directamente na resolução de problemas comuns em vez de elegerem “representantes” para o fazer por elas. Se escolherem alguém eleito nestas assembleias para alguma tarefa especial, esse alguém pode ser revogável a qualquer momento por nova assembleia, se não cumpriu, por qualquer razão o que se comprometeu perante o povo.
Tais assembleias funcionam pois em DEMOCRACIA DIRECTA, propondo e votando coisas a fazer - sobretudo- e não, em regra, pessoas para decidirem pelas outras o que fazer.
Como funciona?
1-As pessoas ou grupo organizador preparam uma “mesa” -conjunto de pessoas encarregado de:
a)apresentar as questões a tratar à assembleia fazendo o possível para que quem participe fale à vez, sem qualquer espécie de censura mas também sem monopolizar a palavra, para que toda a gente possa ter a possibilidade de se exprimir;
b) tomar nota das pessoas que se inscrevam para falar, dar as suas opiniões, exprimir as suas ideias. Podem ser convidadas outras pessoas presentes para fazer parte da “mesa”;
c) tomar nota das propostas e resoluções que sejam apresentadas e dos votos das propostas;
2-Esta ASSEMBLEIA POPULAR é AUTÓNOMA relativamente a : a)  organizações estatais e patronais ; b) partidos políticos – embora todas as opiniões possam ser expressas na assembleia ; c) quaisquer organizações e grupos antipopulares, racistas, xenófobos e seitas religiosas ou grupos económicos capitalistas.

PARA QUE PODE SERVIR ESTA…
-PARA GANHARMOS O HÁBITO DE FALARMOS E DECIDIRMOS EM CONJUNTO O QUE ACHARMOS MAIS IMPORTANTE DECIDIR PARA RESISTIRÀ MISÉRIA E ÀS DOMINAÇÕES;
-PARA AVANÇARMOS NA ORGANIZAÇÃO POPULAR;
-PARA DECIDIRMOS FORMAS DE LUTA, DE PROTESTO E DE RECUSA ORGANIZADA DAS DECISÕES ANTIPOPULARES DE GOVERNANTES, DE CAPITALISTAS E DE POLÍTICOS PROFISSIONAIS;
-PARA RECUSARMOS CONTINUAR A PAGAR A FACTURA DOS SEUS LUXOS, PRIVILÉGIOS, EXPLORAÇÃO E MENTIRAS;
-PARA O MAIS QUE ACHARMOS IMPORTANTE.

Iniciativa:

                 Gato Vadio – Casa Viva – Casa da Horta – Colectivo Hipátia – SOV Porto/AIT-SP – Terra Viva!AES







 Manifestação de 12 de Março no Porto